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Showing posts from October, 2015

CHARLES LLOYD, ROY HAYNES, LEE KONITZ, LOU DONALDSON, SONNY ROLLINS E JON HENDRICKS: VIVOS E ATIVOS

por Roberto Mugiatti para o Clube do Jazz Capas recentes das revistas de jazz mais respeitadas celebram dois senhores músicos.  A Jazz Times traz Charles Lloyd numa foto posada em meio corpo com seu sax-tenor e os dizeres: “A fogueira ainda queima”.  Já a DownBeat ostenta um close de Roy Haynes, visual de ‘ultimate fighter’, cabeca raspada, óculos escuros e o rosto tomado pela ação atrás da bateria, adrenalina pura. Charles Lloyd, de 77 anos, tocou com músicos do blues e do rock (B.B. King, Howlin’ Wolf, The Byrds, The Beach Boys) e ajudou a revelar pianistas como Keith Jarrett, Herbie Hancock, Michel Petrucciani e Brad Mehldau. Seu projeto mais recente, perseguido por oito anos, foi a gravação do Athens Concert, aos pés da Acrópole, em 2010, com a grande cantora grega Maria Farantouri, que inclui temas tradicionais, do próprio Lloyd e do compositor grego Mikis Theodorakis, famoso pela trilha de Zorba. Roy Haynes, com 90 anos, 70 de carreira, tocou co

OS DEZ MELHORES GRUPOS DE JAZZ DE TODOS OS TEMPOS, SEGUNDO A JAZZ TIMES

por Chico Marques Nas comemorações do 45º aniversário da Jazz Times Neste ano, seus editores convocaram nada menos que 60 críticos e músicos para tentar chegar a uma listagem com os melhores combos de jazz de todos os tempos.  Os critérios seguidos pelos “eleitores” convidados foram: comunicação, empatia e “confluência única de personalidades individuais”. A lista completa alcançou 80 combos, que publicaremos aqui na próxima semana. Hoje, trazemos uma prévia com os primeiros dez da lista (onde, estranhamente, nenhum dos grandes grupos de Thelonious Monk e Sonny Rollins está presente) 1) JOHN COLTRANE e seu quarteto clássico, que participou do LP mais importante de sua carreira: A LOVE SUPREME (Impulse 1964) ( John Coltrane , saxes tenor e soprano; McCoy Tyner , piano; Jimmy Garrison , baixo; Elvin Jones , bateria) 2) MILES DAVIS e seu quinteto magnífico que durou entre 1964 e 1968  ( Miles Davis , trompete; Wayne Shorter , sax tenor; Herbie Hanc

PHIL WOODS SAI DE CENA, E O BE-BOP PERDE UM DE SEUS ÚLTIMOS GRANDES MESTRES.

por Luiz Orlando Carneiro  para o JORNAL DO BRASIL O saxofonista alto Phil Woods, o mais famoso dos herdeiros estilísticos diretos de Charlie Parker (1920-1955), morreu dia 29 de Setembro de 2015, aos 83 anos, vítima dos pulmões bem avariados pelo antigo hábito de fumar. 25 dias antes, ele se apresentou pela última vez – portando o pequeno recipiente de oxigênio que já usava há muito tempo – num concerto no Manchester Craftsmen's Guild, apoiado por um trio local e pela Orquestra Sinfônica de Pittsburgh, numa reinterpretação do célebre álbum "Charlie Parker With Strings" (Mercury, 1949-50). O jazz master assim consagrado pela NEA (National Endowment for the Arts), em 2007, começou a brilhar, em Nova York, no início da década de 1950, depois de estudos com Lennie Tristano e na Juilliard School. Integrou as orquestras de Dizzy Gillespie (1956) e de Quincy Jones (1959-61). Logo depois da morte de Charlie Parker, em 1955, Woods casou-se com Chan Richardson, a